terça-feira, setembro 27, 2005

NÃO SEI!



Não sei se a distância é tempo
Ou se o tempo é distância…
Não sei se o silêncio é tempo
Ou se o tempo é feito de silêncios…
Não sei o porquê desta ânsia…

Não sei se o meu tempo é real,
Não sei se o real é o meu tempo…
Não sei porquê esta distância é fatal…
Nem tão pouco porquê estes receios.
Não sei! Só sei que é meu pensamento…

Não sei se o amor é verdadeiro
Se é a tempo inteiro ou intemporal.
Não sei mesmo se és meu amor primeiro
Ou se apenas tenho sonhos e devaneios…
Não sei o porquê te fiz meu ideal…

23.09.05

sexta-feira, setembro 23, 2005

SUSPIRO !



Onde eu nasci, quero uns dizeres
para quando eu morrer e tu viveres,
passares naquela rua a recordar,
quem naquela janela nasceu para te amar.


Nas nuvens, nos campos, para veres,
estarão sempre inscritos esses dizeres
que na sombra ou nas ondas do mar
são para a eternidade, testemunho de t’amar.


O rodar do pião de uma criança,
Uma boneca embalada, foram esperança
Que nunca vi como realidade... ...


E todo o ciúme sentido e escondido
São provas eternas de um amor perdido
Que, sem resposta, apenas é saudade... ...

terça-feira, setembro 20, 2005

PRAIA DE ALMOGRAVE



As ondas desfaziam-se em tufos de espuma entre as rochas, que quais amantes apaixonados, se deixavam acariciar em turbilhões de carinhos.

Assim, extasiando ante estas vistas tão envolventes, passei uns dias, entre a agonia da saudade e o desespero da distância… mas voltei, e aqui de novo, admirando o meu Tejo passando lá em baixo, como um manto, e, levando os meus pensamentos, volto a escrever, envolta na saudade que não pára de deixar de viver dentro de mim….

Em cada onda daquele mar tão impulsivo fui vendo o desenrolar de sonhos que se iam desfazendo na areia, engolidos por uma sede imensa, como se quisessem que eu também me deixasse absorver e fosse desaparecendo naquela areia macia… e foi lá, que fui perdendo algumas ilusões que os sonhos tinham deixado…

Mas voltei! Voltei para ficar mais só do que partira. Voltei com os olhos naquelas ondas, que revoltas e imprevisíveis, como amores impossíveis, me prenderam aos seus encantos…

segunda-feira, setembro 12, 2005

DA MINHA JANELA VEJO…



Seis da manhã! E da varanda do meu compartimento de trabalho, onde tenho o computador, estantes com livros, a secretária de trabalho, os cavaletes e telas e ainda a passadeira para umas passadas de descontracção, vejo esta paisagem linda, com o Tejo a passar lá em baixo e o Monte Gordo a dar-me os bons dias…não digam que não sou sortuda… com esta paisagem, estou sempre inspirada pelas Tágides…
E com a ponte, que me deixa do outro lado da Lezíria, posso passear os olhos por uma imensidão verde a perder-se no horizonte. Lá ao fundo fica Porto Alto e quando o Sol brilha, manhã alta, vejo a saltitar de ramo em ramo muitos pássaros e de arbusto em arbusto os melros.
Quando o vento sopra forte, faz dançar os eucaliptos que estão frente à minha janela e um sibilar constante nos fios de alta tensão, por vezes deixa-me tensa e angustiada e vai daí, ponho-me a escrever…o que podeis ler, sempre que passo esses escritos para os Blog…
Espero que vos inspire esta paisagem…
11.09.05

domingo, setembro 11, 2005

MINHA ROSA PINK



Minha rosa adorada, minha flor de eleição
Meu sonho, meu desvario de amor.
Deixas minha alma em alucinação…
Deixas meu corpo em franco torpor…


Minha rosa “pink”, és a minha devoção.
És toda amor, loucura, paixão e dor,
És o afago carinhoso da minha ilusão…
És a beleza e do carinho o esplendor.


Deixa guardar-te no peito ansioso
Como dádiva de um ser todo amoroso
Que te tem noite e dia, como uma magia…


Que te beija e bebe o teu beijo fervoroso,
Que te dá um abraço terno e carinhoso
Que te põe na cama com toda a fantasia…



10.09.05