segunda-feira, julho 18, 2005

TODOS OS DIAS, NÓS! (crónica)

As notícias afectam-nos e não tanto...

Ora por qualquer canal de televisão, ora por qualquer estação de rádio, pela Internet, através de mensagens escritas (provenientes das mais diversas fontes), pelos jornais…enfim, a cada momento temos um manancial de informações e de notícias, das mais diversas, muito embora, sejam as notícias de assaltos e roubos ou crimes passionais, as que mais nos afectam emocionalmente…

As notícias são geralmente muito diversificadas: entre crimes, acidentes, catástrofes da mais diversa ordem: económicas, sociais, culturais, etc.. É um nunca mais acabar de assuntos que nos prendem a atenção. Mas, honestamente, temos de reconhecer que momentos passados, tudo está ultrapassado, exceptuando, quando repetidas vezes vem à baila a mesma notícia, e conseguimos manter o tema em memória…ou, quando algo nos toca por perto, como por exemplo os aumentos de impostos e tudo o que em sequência aumenta…

Mas a maioria das notícias e informações que nos chegam, passam tão rapidamente, que mesmo que as queiramos recordar, não conseguimos reconstitui-las de forma nenhuma e ainda bem, porque se por um lado poderíamos até ter benefício em conservar certos temas, por outro, amontoávamos de tal maneira os nossos centros de registo, que mal poderíamos pensar em nós próprios. Não obstante, a verdade é que cada um de nós pensa mais em si próprio, do que em tudo o que o rodeia… sobretudo em quem nos rodeia…

É verdade! Se alguém nos procura com um determinado tipo de problema e se estiver ao nosso alcance apoiar o solicitante, desfazemo-nos em teorias para apoiar o dito, sem que contudo estejamos a fazer algo de palpável, mas passamos por excelentes pessoas…sem nada ter feito…mas casos há, que se faz mesmo tudo o que é possível, mas de imediato somos esquecidos, como se nada tivesse acontecido…e isto não são notícias de jornais, de rádio ou televisão… são factos do quotidiano…

Mas como o Mundo não pára, dias após, somos nós que estamos em qualquer uma “encrenca” e tentamo-nos socorrer de um dos apoiados anteriormente…e vai daí…ocupadíssimos! Problemas de saúde…de carteira…de família… e o “enfermo” do momento, fica a olhar para a costa, para ver algum navio passar… e é assim: todos os dias!

Não somos mal agradecidos. Apenas somos egoístas! Apenas somos egocêntricos…apenas temos umas costelas mais “grossas” de narcisismo e chamam-nos excêntricos…

Escrevendo sobre um tema como este e tentando abordar a notícia que hoje mais me tocou (a partida de 380 passageiros para o México – Cancun - de férias, possivelmente não todos, mas a notícia não fez distinção) e que está relacionada com a terrível tempestade Emile. Ventos fortíssimos a varrerem tudo por onde passam… mesmo assim, os turistas que lá se encontravam, à volta de uns quatrocentos portugueses (de férias), nada sofreram, pois houve medidas imediatas para serem postos em lugares seguros. Ora bem, ainda há muita gente a viajar de férias, o que é bom sinal. Assim podemos estar descansados que, pelo menos estes de quem tomámos conhecimento, têm capacidade económica para viajar e passar férias em “paraísos” onde esquecem as agruras do seu próprio “paraíso”.

Na minha opinião, tantos turistas, não precisavam ir tão longe… se fossem à Madeira, tinham um paraíso, e sem vento… só com palavrões, mas estavam em família e em família tudo se desculpa.

18.07.05

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