quinta-feira, agosto 11, 2005
11 DE AGOSTO!
Vou perpetuar esta data!
Nunca esquecerei o sol quente que brilhava como o mais puro diamante, naquela manhã de onze de Agosto.
Nunca esquecerei como era azul o céu nem como era azul o fato que vestias. Azul, de um azul que ficou gravado nos meus olhos.
Nunca esquecerei os teus olhos tão castanhos, tão intensos, nem tão pouco esquecerei o sorriso bondoso e atraente.
Nunca esquecerei a gentileza da palavra. Nunca esquecerei o gesto delicado. Nunca esquecerei o nunca ter esquecido um tão belo momento…
Nunca esquecerei que iniciei a mais bela etapa de sonho, de romance, de ilusão, … de agonia e tristeza que foi envolvendo toda esta existência, porque um dia passaste a ponte e deixaste de existir…
Nunca esquecerei as lições de História Universal pelo telefone… nem a explicação das equações…
Nunca esquecerei “La vie en Rose”…como a cantavas!… nem “Quand tu me parles au telefone”… ou a “Petite fleur”…
Nunca esquecerei a “Valsa da Meia Noite”… ou o “Bolero de Ravel”. Nunca esquecerei as dissertações sobre a mentira ou como é o amor… como me alertavas para a farsa dos homens em relação às mulheres… (contaste detalhes sobre Henrique VIII, que só mais tarde, quando estudei a História de Inglaterra em Inglês é que vim a constatar que não eram historias tuas) e foste a primeira pessoa que me chamou a atenção dos falsos homens. Eras fenomenal! Sem mentira, sempre pronto e apto a dar-me respostas às múltiplas perguntas.
Nunca esquecerei que foste a pessoa que me achou a pessoa mais importante do planeta, que adoçou os meus dias e que um dia me disse que sempre que visse uma chama ardendo, eras tu, para me guardares… e sempre que o vento ululasse pelos montes, seriam as tuas canções para me tirar os medos… como posso esquecer tudo isso?
E hoje, quarenta e sete anos depois, vejo-te àquela esquina, esperando-me à saída do liceu… e vejo que mais ninguém esperou por mim, que me viram as costas quando estou só, que me insultam por esperar por nada… que fingem que me estimam e depois amassam-me como se fora um papel velho e sujo… como se até não existisse… ou melhor, que seria melhor não existir…
Nunca esquecerei das quimeras que fui criando em torno de “os quem” idealizei poderem ser semelhantes. Nunca esquecerei. Nunca esquecerei, nem por um minuto, que por milénios que viva, não há ninguém como tu… Nunca esquecerei que prometi contar-te sempre tudo, para me apoiares… mas como?
Nunca esquecerei que me secaste as lágrimas quando tudo e todos discordavam de mim…
Nunca esquecerei o teu nome: o nome mais lendário da Historia! Da minha história, que perpetuei como prometi…
11.08.05
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