terça-feira, fevereiro 21, 2006

PARÁGRAFOS DO DIÁRIO

Num saltitar nervoso, os dedos saltam de tecla em tecla, tentando escrever o que passa na mente numa rapidez incontrolável.
Da lágrima ao sorriso, do sorriso ao choro desenfreado, do suspiro ao grito ensurdecedor com as palavras a empurram-se, sem espaços… sem pontos ou virgulas… sem conseguirem encontrar o seu significado… são as minhas palavras. As palavras simples que fui escrevendo e que em mentes eruditas, iluminadas, enriquecidas pelos luxos e pelo compra que compra, sem olhar o humano de cada um e que não passaram de palavras, de cobrança, palavras de entretém… vil forma de encarar o amor… se é que se sabe o que é o amor ou se esconde o porquê nunca se amará ninguém, a não ser para vingar o que cruelmente se cria na mente e no corpo, sem olhar a gastos…
Mas mesmo numa escrita desconexa vou procurando encontrar o que no dia a dia tentei dizer, mas que não dizendo fui fazendo crer, porque a limpidez do sentimento é algo que não se pode manobrar e o não é sempre bem claro, ou não, se não se quiser entender… porque amar, amar sem, sem nada de volta, é belo e triste, é belo e imenso, é belo e doloroso, mas grandioso… e é assim que eu gosto, gosto de quem não gosta de mim, gosto de quem nem pensa em mim, de quem nem se lembra de um ou outro momento que ao cruzarmo-nos, os nossos olhares se tenham cruzado também, gosto de quem tem outros amores, outras linguagens, outros entenderes, mas gosto, não pela diferença mas pelo imenso amor que necessita para sobreviver…mas não posso gostar de quem pensa que carros, aviões, diamantes ou peles de animais assassinados, me possam satisfazer… um simples dar de mão, um beijo carinhoso, um sorriso compreensivo…valem tudo… sem preço!
E mais uma vez penso na minha amiga que sem nada se finou, porque amando se deu a quem nada lhe proporcionou…
…e quanto ao resto, eras tu que tinhas razão, amiga…

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