sábado, janeiro 15, 2005

ERROS GENETICOS!

O Tejo passa tão sujo
de lavar humilhações,
que o olho com tristeza
mas sempre com rasgos de esperança...
Os pássaros fazem voos razantes
e quando piam eu fujo:
Tenho medo das ilusões
Ou de ver com clareza
a vida e a morte em dança.
Acasaladas as nuvens, são castelos
de sonhos fechados em prisões
onde não há reis reinantes...

Os lírios navegam no Tejo
como barcos à deriva;
Transportam insectos à toa
e meus sonhos e tormentos
até chegar a Lisboa...
e aí, olho em redor e não vejo
quem me ocupa os pensamentos
e se ilude ao pensar
que não percebo essa angustia
escondida nos castelos d’ilusão
e que toda esta apatia
faz de conta que acreditar
é parte integrante do coração...

A Humanidade é incapaz
de aceitar, compreender e perdoar
os erros genéticos que marcam
os quantos vagueiam perdidos
procurando em vão uma paz
que a guerra de ódios ateia
e sulcando trilhos sem parar
riem e choram desiludidos
e esperançados nos que lhes tragam
a luz ilusória duma paixão
para reganharem alento
e ficarem de novo confundidos...
22.11.04

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