Depois de me deitar muito tarde, levantei-me muito cedo, porque o peso dos pensamentos faziam com que a cabeça se afundasse pela almofada, que húmida de umas boas horas de choro, começou a ser incómoda.
Uma vez fora da cama, para ocupar o tempo que iria passar lentamente, comecei a pegar em algumas folhas soltas que se espreguiçam pela mesa de trabalho e encontrei recortes de revistas, fotocópias de trabalhos antigos misturados com outros mais recentes, da psicogerontologia, apontamento de sites a consultar e um sem número de outros escritos e notas que vou fazendo, de coisas que oiço e que dizes e que vão deixando cicatrizes de difícil cura……
Deixo-me perder entre o que não existe e que embora vá existindo, não faz sentido e às vezes leva a que um sorriso cómico-idiota me aflore aos lábios, para depois me desfazer num pranto imenso…
Deixo que a imaginação me faça sentir a tua mão tépida passando pela face, contornando a boca, afagando o pescoço e feita adolescente sensual, deixo-me arrepiar ao som da tua voz “Et je chante pour toi” … … …
Pelo que vou estudando e consolando a minha sede de saber, que parece insaciável, vou constatando que o que sinto, não está, de forma nenhuma, fora do contexto da realidade do ser humano. O tabu e o preconceito continuam a ser formas limitativas de realidades, que a natureza pôs em cada um de nós. Aliás, rodeados de limitações, resta-nos apenas ser o que querem que sejamos e não o que somos. Que frustração!
Don’t worry! Be happy!!! Dizes do além, como se realmente quisesses que assim fosse…… I’ll try. I promise……
E as horas escoam-se no dia que vai descaindo no horizonte, sem que, para além do monte, eu não veja senão o brilho dos teus olhos semi-esverdeados, quando estás feliz…
13.03.06
terça-feira, março 14, 2006
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