sábado, dezembro 03, 2005
SÓ NO DESERTO
Perdida neste deserto, solitária
Cheia de espinhos e dores
Sou planta, não alimária,
Mesmo assim, sofro de amores…
Sou um cacto neste deserto
À procura dos teus sabores
Mas sem água por perto…
Apenas vivo de amores…
E no deserto arenoso, solitário,
Agarro-me a um amor imaginário
Porque de verdade só há deserto…
Sem ramos, mas de bicos afiados,
Ainda espero abraços apertados,
Que sejam do areal que tenho perto…
03.12.05
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3 comentários:
Este teu soneto está lindíssimo!
Desejo-te um excelente resto de Domingo...
Foi no deserto que se encontraram o Principezinho e a Raposa, não foi?
"E no deserto arenoso, solitário,
Agarro-me a um amor imaginário
Porque de verdade só há deserto..."
E assim se morre à míngua e uma gota de amor que seja!
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