segunda-feira, janeiro 12, 2009

A HISTÓRIA DE MAGDA (continuação)

Magda contou-me,

Nasceu numa madrugada tépida de Junho no século passado. Nasceu com quase cinco quilos e era quase carequinha. Nasceu em casa, com a ajuda de uma parteira, como era comum, nas primeiras décadas do século XX. Gorducha, custou a nascer como todos os bebés de mães de estatura abaixo da média.

Ajeitou-se no sofá e sorriu com um ar melancólico.

Magda! Porquê Magda e não Margarida ou Filomena? Porque a irmã da Avó paterna foi a madrinha e também se chamava assim.


Magda nasceu feliz entre os pais e os restantes familiares mais chegados, numa meninice em que os sonhos dominam as realidades.

Aos nove meses Magda deu os primeiros passos e surpreendeu os pais com as primeiras frases atabalhoadas.

Magda estava rodeada de atenções, uma vez que tinha por perto a avó paterna e uma tia-avó além dos pais, pelo que o seu desenvolvimento era apreciável.

Pelos primeiros anos, os caracóis de um loiro dourado rodeavam-lhe a carita redonda, de onde sobressaiam uns olhos melancólicos, grandes e profundamente castanhos, que rasgavam caminhos de sonho, à sua frente.

Magda abriu a mala de mão e fez questão de me mostrar uma foto sua, de quando era bebé. Devo salientar que era mesmo gorducha.

Magda segredou-me que pouco se lembrava do seus dois, três ou quatro anos, mas, que à medida que se recordasse, falar-me-ia de algum pormenor que ajudasse a interligar o passado ao presente. Assim, Magda começou por me falar na fase da sua vida que melhor recordava.

Magda foi para a escola aos sete anos. Aos sete anos era a idade obrigatória para as crianças dessa época entrarem na escola.

... ... ... (continua)

2 comentários:

Maria Clarinda disse...

Continuo a seguir àvidamente a história da Magda!.
Jinhos mil

joaninha disse...

Obrigada Maria Clarinda! Vou continuar a escrever. Tenho de ler mais uns apontamentos e de seguida, lá vai mais uma "catrefada" de linhas... acaba de ser giro escrever assim, para ter continuação.
Obrigada e um beijinho