Magda contou-me,
Nasceu numa madrugada tépida de Junho no século passado. Nasceu com quase cinco quilos e era quase carequinha. Nasceu em casa, com a ajuda de uma parteira, como era comum, nas primeiras décadas do século XX. Gorducha, custou a nascer como todos os bebés de mães de estatura abaixo da média.
Ajeitou-se no sofá e sorriu com um ar melancólico.
Magda! Porquê Magda e não Margarida ou Filomena? Porque a irmã da Avó paterna foi a madrinha e também se chamava assim.
Magda nasceu feliz entre os pais e os restantes familiares mais chegados, numa meninice em que os sonhos dominam as realidades.
Aos nove meses Magda deu os primeiros passos e surpreendeu os pais com as primeiras frases atabalhoadas.
Magda estava rodeada de atenções, uma vez que tinha por perto a avó paterna e uma tia-avó além dos pais, pelo que o seu desenvolvimento era apreciável.
Pelos primeiros anos, os caracóis de um loiro dourado rodeavam-lhe a carita redonda, de onde sobressaiam uns olhos melancólicos, grandes e profundamente castanhos, que rasgavam caminhos de sonho, à sua frente.
Magda abriu a mala de mão e fez questão de me mostrar uma foto sua, de quando era bebé. Devo salientar que era mesmo gorducha.
Magda segredou-me que pouco se lembrava do seus dois, três ou quatro anos, mas, que à medida que se recordasse, falar-me-ia de algum pormenor que ajudasse a interligar o passado ao presente. Assim, Magda começou por me falar na fase da sua vida que melhor recordava.
Magda foi para a escola aos sete anos. Aos sete anos era a idade obrigatória para as crianças dessa época entrarem na escola.
... ... ... (continua)
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Continuo a seguir àvidamente a história da Magda!.
Jinhos mil
Obrigada Maria Clarinda! Vou continuar a escrever. Tenho de ler mais uns apontamentos e de seguida, lá vai mais uma "catrefada" de linhas... acaba de ser giro escrever assim, para ter continuação.
Obrigada e um beijinho
Enviar um comentário