Clarificaram-se as ideias. Dissiparam-se as dúvidas. Um reencontro pleno de emoções. Um reviver do momento a momento, em que não faltou a canção que recordei em transe.
Bebi todas as palavras, como quem bebe o mais fino champanhe, golo a golo, deixando-o escoar pela garganta, num misto de prazer e êxtase…
Cada gesto observado, foi observado como se estivesse a assistir a uma bela representação teatral.
Quando os teus dedos deslizaram pelos meus braços, senti que todo o corpo tremia. Mais parecia uma papoila num campo de trigo, baloiçando com a aragem da primavera…
Escutava. Sentia. Um deleite absoluto…
A tua voz era uma carícia constante, adormecendo-me os gestos e deixando-me prostrada, agonizante… Prazeres conjugados!
Momento a momento aproximaste o teu corpo do meu, que despido de roupagens e preconceitos, parecia um tufo de lírios de água, deslizando pelo Tejo abaixo…
A emoção foi crescendo à medida que as pulsões se intercambiavam e no momento exacto, pleno de entrega mútua, enquanto gemias a tua satisfação, eu gritava da plenitude do acto…
Enlaçados, recontinuados, reconquistados, estávamos finalmente juntos…
Tantos anos. Décadas! Finalmente juntos.
Morri a noite passada!...
In Miratejo
15.05.05
12H00
segunda-feira, maio 16, 2005
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